21 julho 2012

Nova Ubiratã: Juiz decreta prisão de ex-presidente de Câmara acusada de improbidade administrativa e falsidade ideológica

Juiz substituto da Comarca de Nova Ubiratã (490 km ao Norte de Cuiabá), Arom Olímpio Pereira decretou a prisão preventiva da vereadora licenciada e ex-presidente da Câmara daquele município Urcilana Martins Ingraça, a “Lana” (PSB).

A ação é movida pelo Ministério Público do Estado, por meio do promotor Carlos Roberto Zarour César, depois de ele receber denúncias dos vereadores Claudir Rizzo (PDT) e Eliane de Freitas Roman Ross (DEM).

Segundo o MP, Urcilana é acusada de improbidade administrativa, peculato e falsidade ideológica frente à gestão do Poder Legislativo.

Pesam contra Urcilana denúncias de gastos sem comprovação, como uma reforma na Casa de Leis que nunca teria sido feita, despesas de diárias sem comprovação dos gastos, excessivos com combustíveis durante o biênio na qual ela comandou o Legislativo, entre outras.

O magistrado decretou a prisão porque um promotor de Justiça foi notificá-la sobre uma audiência, mas ele não a encontrou na cidade. O oficial retornou informando ao juiz que a vereadora teria vendido a residência e não se encontrava mais na cidade. Na Câmara, ninguém deu informações do paradeiro da vereadora.
O juiz disse ainda que o oficial de Justiça trouxe notícias de que Lana teria se mudado para o interior de São Paulo. De posse dessas informações o magistrado expediu o mandado.

“Expeça-se mandado de prisão preventiva com cópia dessa decisão mediante cartas precatórias para que sejam encaminhadas correspondentes Delegacias de Captura das seguintes Comarcas. Comarca da Capital do Estado, de Sorriso/MT, de Sinop/MT, de São Paulo/SP”, descreveu na decisão.
 
Punição do TCE
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) já havia determinado, em 2011, que Urcilana devolvesse R$ 6.2 mil de recursos recebidos a mais em 2010 para exercer o cargo na mesa diretora. O relator das contas da Câmara naquele ano, conselheiro Waldir Júlio Teis, também já havia anotado que a presidência deveria rever os dispêndios com combustíveis.

Fonte: Olhar Direto-Alexandre Alves

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